sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os 5 melhores filmes da Sessão da Tarde

Há uns dias atrás fui visitar meus pais e resolvi ligar a TV durante a tarde. Pensei “Vou ver o que está passando na Sessão da Tarde”. O nome do filme: Sharkboy e Lavagirl!!! Pensei: “Que p....é essa??” Não bastasse isso, peguei os jornais da semana e fui ver quais eram os filmes que tinham passado: O Cachorro atômico e ainda Pum – Emissão Impossível. Devo estar ficando velho mesmo. Saudade da Sessão da Tarde de uns anos atrás...

A partir disso, resolvi fazer o Top Five desse mês sobre os melhores filmes que passaram na Sessão da Tarde durante a minha infância e adolescência.


5º Lugar: Os Garotos Perdidos (The Lost Boys, 1987)


Existem muitos filmes sobre vampiros, uns que vão mais para o terror e suspense, e outros, como esse, que beiram a comédia, apesar de ser um filme de aventura. A história é sobre dois irmãos, Michael (Jason Patric) e Sam (Corey Haim) que vão morar numa cidade pequena com a mãe (Dianne Wiest). Nessa cidade, misteriosos desaparecimentos de jovens acontecem aparentemente sem causa. Também há um grupo de motoqueiros, os vampiros responsáveis pelos desaparecimentos. Michael acaba se apaixonando por Star (Jami Gertz), que faz parte do grupo dos motoqueiros, e faz um ritual que pouco a pouco os estará transformando em vampiro. O irmão de Michael, Sam, fanático por histórias de terror em quadrinhos desconfia do comportamento estranho do irmão e tenta salvá-lo dessa transformação. O filme é ágil e não enrola muito. Destaque para a música People are strange, original do The Doors, mas no filme com uma versão do Echo and the Bunnymen. Um filme tenso na dosagem certa pra uma Sessão da Tarde.


4º Lugar: Quero Ser Grande (Big, 1988)



Qual criança nunca desejou, em algum momento, em se tornar um adulto de uma hora para outra? Essa é a história de Quero ser Grande. Josh, um menino de 12 anos cansado da vida de pré-adolescente faz o pedido de ser grande para uma máquina num parque de diversões. Ele é atendido e agora vai ter que encarar as responsabilidades da vida adulta. Tom Hanks, que vive Josh adulto, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator por esse filme, que também foi indicado para Melhor Roteiro Original. Na maioria das vezes histórias simples e com orçamento baixo produzem filmes memoráveis. A cena mais famosa desse filme é com certeza a cena do piano na loja de brinquedos. Clássica!!




3º Lugar: Os Goonies (The Goonies, 1985)


Aqueles que possuem mais de 20 anos de idade e não viram esse filme não tiveram infância. Filme clássico de Steven Spielberg (um deles), conta a história de um grupo de amigos que saem em busca de um tesouro perdido por piratas (o lendário Willy Caolho) para evitar que suas casas sejam demolidas e a conseqüente mudança do bairro onde moram. Além das armadilhas montadas pelos piratas para evitar a descoberta do tesouro, os Goonies também tem que fugir dos irmãos Fratelli, uma máfia italiana mais do que atrapalhada. Destaque para o Sloth (“Chocolate, mamãe”) e as orelhinha que se mexiam, além da música da Cindy Lauper (Goonies 'R' Good Enough). Esse filme mostra toda a inocência e busca pela aventura de um grupo de crianças que cativam qualquer um e fazem qualquer criança querer ser um Goonie (pelo menos eu queria). Bem diferente das crianças de hoje. O filme mostra figurinhas carimbadas dos filmes dos anos 80, como Corey Feldman (o Bocão), que também participou de Os Garotos Perdidos, Meus Vizinhos São um Terror, Sem Licença para Dirigir, Conta Comigo e por aí vai... Filme para ser visto e revisto.



2º Lugar: Conta Comigo (Stand By Me, 1986)



Se todos os filmes anteriores são de aventura ou comédia, esse pode ser considerado um drama infantil. O filme é sobre quatro garotos que saem em busca de um corpo de um menino que está perdido na floresta. Os personagens, apesar de crianças, são psicologicamente complexos (por isso me chamou tanto a atenção). Gordie (Wil Wheaton) é quem lembra a história, já adulto. A família não aceita a morte do irmão mais velho, um esportista promissor, e acaba descontando toda a frustração em cima de Gordie. Seu melhor amigo era Chris (River Phoenix), filho de uma família mal estruturada e que ouvia constantemente que não teria futuro algum. Completavam o grupo Duchamp (Corey Feldman) e Vern (Jerry O'Connell). Duchamp era meio perturbado, porque seu pai tinha ficado maluco na guerra e Vern era o mais infantil do grupo. Durante a busca pelo corpo do menino, eles descobrem o valor da amizade e de ter alguém com quem contar, quando todo mundo já te virou as costas. Sempre quando revejo esse filme, o que mais me marca é uma das frases finais ditas por Gordie adulto, quando termina de contar a história: “Amigos entram e saem das nossas vidas como garçons num restaurante”. Vale a pena conferir. A história é baseada num conto de Stephen King (The Body).


1º Lugar: Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller’s Day Off, 1986)



Dificil falar sobre esse filme. Perfeito? Empolgante? Clássico?? Com certeza, até o Tele Cine Cult já passou na sessão Novos Clássicos. A aventura vivida durante um dia pelos melhores lugares de Chicago por Ferris (Matthew Broderick), seu amigo Cameron (Alan Ruck) e a namorada Sloane (Mia Sara) é contagiante do início ao fim. Ao invés de ir à aula, Ferris resolve tirar um day off. “Como poderia suportar a escola num dia como esse?” (num dia ensolarado). O fato de Ferris conversar com o espectador, dá um tom de intimidade com quem assiste. Ele dá até a receita de como fingir uma doença pra ficar em casa!! Espetacular! Esse filme pode ser considerado como o retrato de uma geração pós-hippie, onde o que interessa é curtir a vida. “Eu não ligo se os europeus são socialistas, eles poderiam ser anarquistas fascistas e nem assim me dariam um carro”.

A cena mais clássica do filme, e umas das melhores do cinema como um todo, é (óbvio) a cena do desfile onde ele canta Twist and Shout (dos Beatles). Essa música não fez muito sucesso na época do lançamento do disco, mas estourou em todo o mundo com esse filme. Até hoje eu danço e pulo como ele quando essa música toca no DCE.

Realmente um clássico, o maior da Sessão da Tarde!!! E fica a dica dada por Ferris: “A vida passa muito rápido. Se não pararmos para curti-la, podemos perdê-la”. Sábias palavras...por isso ele era o máximo!!





terça-feira, 9 de junho de 2009

Why so serious?


Desde 2000, virou febre hollywoodiana fazer filmes sobre super-heróis, já que o alto faturamento de X-Men (2000) e Homem-Aranha (Spiderman, 2002) impulsionou a nova onda. Tirando algumas exceções, esses filmes têm sido bem feitos, e um bom entretenimento para quem quer simplesmente passar o tempo. E nessa nova onda, fizeram novas versões de heróis que já possuiam filmes, como Batman e Hulk (esse sim, lamentável).
A nova "safra" do Batman começou em 2003 com Batman Begins, e recentemente foi lançado Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, 2008). Todo mundo deve lembrar dos primeiros filmes do Batman, feitos no final dos anos 80 e começo dos 90 por Tim Burton (o mesmo que dirigiu Edward, Mãos de Tesoura). Nesses filmes, o foco central era em cima dos vilões. Quem não lembra de Jack Nicholson como o Coringa no primeiro Batman (1989) e de Michelle Pfeiffer como Mulher-Gato em Batman - O Retorno (Batman Returns, 1992). Os outros dois filmes (Batman Eternamente, 1995 e Batman & Robin, 1997) são completamente dispensáveis. As histórias são fracas e as interpretações de Val Kilmer (Batman Eternamente) e de George Clooney (Batman & Robin) como o homem-morcego são lamentáveis.
Bom, felizmente os dois últimos filmes sobre o homem-morcego, mostram um Batman mais "denso" e histórias bem mais interessantes. Principalmente no segundo filme, onde ele se vê entre o papel de vilão e de herói de Gotham City. Mas o que vale a pena mesmo nesse filme é o Coringa (Heath Ledger). A interpretação dele é espetacular (merecido o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante). O Coringa de Jack Nicholson era mais engraçado e não era um personagem tão sádico. Heath Ledger deu vida a um Coringa com uma carga psicológica densa, e ele usa essa mente psicótica como forma de intimidar e perturbar quem quer que atravesse o seu caminho, e principalmente o seu arqui-inimigo. Um dos pontos altos do filme, na minha opinião, é o diálogo entre Coringa e o Batman (Christian Bale) durante a prisão do Coringa. Na frase "You complete me" (Você me completa) dita por Coringa pro Batmanm pode-se perceber o seu espírito caótico e psicótico.
Qualquer comentário que eu fizer sobre a atuação de Heath vai soar repetitivo, mas eu não consegui nenhuma outra descrição senão visceral. Vale muito a pena conferir. Bom filme!