segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A inocência durante a Segunda Guerra Mundial


Volta e meia o cinema nos presenteia com ótimas adaptações de obras literárias que possuem a Segunda Guerra Mundial como pano de fundo da história. São exemplos clássicos: “A escolha de Sofia” (1982), “A lista de Schindler” (1993) e o recente “O leitor” (2008). A adaptação do livro de John Boyne, “O menino do pijama listrado” (2008) conta a história de Bruno (Asa Butterfiled), um menino de oito anos filho de um militar alemão, cuja família se muda da cidade de Berlim para o interior. O pai de Bruno (David Thewlis) foi recém-promovido a chefe de um campo de concentração judeu localizado próximo a sua casa. Bruno, entediado com o lugar e na falta de crianças para brincar, começa a explorar as imediações da casa. Logo ele descobre uma estranha “fazenda”, onde todos os “fazendeiros” usam a mesma roupa: pijamas listrados. Contrariando a orientação de sua mãe (Vera Farmiga), Bruno resolve ir até a “fazenda” e para a sua surpresa encontra o menino Schmuel (Jack Scanlon). Bruno fica instigado com o fato de todos na “fazenda” usarem a mesma roupa e de cada um possuir um número diferente, o que para ele seria apenas parte de um jogo. Como Schmuel é a única criança por perto, Bruno o visita frequentemente e logo nasce uma amizade entre eles.
Com um final comovente e emocionante, “O menino do pijama listrado” mostra toda a inocência de uma criança que não consegue compreender completamente as ações adultas que o cercam. Os horrores da Segunda Guerra não são explícitos como em “O pianista” (2002) e “A lista de Schindler”, eles são apenas sugeridos, e é exatamente isso que torna o filme tão forte e difícil de esquecer.


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